20/07/2009

Pausa - "He Wasn't There" (but we'll be back soon)

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O Cabaret vai de férias mas volta já no princípio de Agosto. Sintam a nossa falta que nós sentiremos a vossa!
***Beijos molhados!***
Mdm. Ruth

19/07/2009

"Pizza"

Ah, la bella Italia! Terra de Michelangelo e de DaVinci, da pasta e do uomo latino; do cinema e das primas donnas, das grandes actrizes (eh Magnani!); de Roma, Veneza, Milão e Florença, da Ferrari, das Vespas, do Super Mario!
Mas também casa dos Papas, de Berlusconi, do lixo, da Máfia. Do Fascismo.
Houvesse um coador gigante para filtrar toda a porcaria e ficaríamos com o país perfeito. Imaginem, o calor, as belas cidades, as donnas e os ragazzos, o mar! E a comida... si, il mangiare...



Para o mio bambino, que está de cama. Bacci tanti!

Conversas de domingo à tarde - "Le Marais"

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de Gus Van Sant
com Gaspard Ulliel | Elias McConnell


18/07/2009

Se o Ministério não o quer, há sempre quem queira


Segundo Gabriel Olim, não se trata de discriminação mas sim de "selecção", uma vez que "a prevalência de agentes patogénicos que podem provocar doenças graves por transfusão de sangue é maior na população homossexual masculina". "Por razões anatómicas, os homens estão mais expostos a doenças graves que possam ser transmitidas", afirmou, acrescentando que todos os dias se excluem 25 por cento de potenciais dadores pelas mais variadas razões.

Give Vampira those 25%. Vampira takes good care of their vlood.



17/07/2009

"Boobs"

Big Ladies Night!

“In case you were wondering, these are real,” she says, cupping her boobs. “But this,” she continues, grabbing a shelf of tummy flab, “is implants.” She honks with laughter and pulls her top back on. Beth Ditto


16/07/2009

"Living on my own"

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Noite de lua cheia.

Got to be some good times ahead!


15/07/2009

A marcha nos e dos Aliados


"Well, did you evah?"


Obrigado Zé e Paulo. Não estávamos seguramente à espera. Contar com o vosso reconhecimento neste Cabaret que mal acabou de entrar na puberdade, enche-nos de orgulho.
A vós e aos vossos dedicamos este tema, do melhor Crosby-Sinatra que temos.

14/07/2009

"Dare"

Noite de Cinema.
shiu!



(idioma: inglês; legendas: espanhol)

"Dare" (2005)
de Adam Salky
com Adam Fleming, Michael Cassidy
IMDb

Oh light boy! Graww...

13/07/2009

"Hanky Panky"

Na primeira saucy night do Cabaret, contamos com a presença de um dos maiores detectives da cultura americana, o senhor que arrebatou Madonna (as Breathless Mahoney) e que não deixa os maus da fita fugir impunes - Mr Dick Tracy


Dick:
I'm on duty.
Breathless: Hum, I was beginning to wonder what a girl had to do to get arrested.
D: Wearing that dress is a step in the right direction.
B: ... I'm wearing black underwear.
D: You know, it's legal for me to take you down to the station and sweat it out of you under the lights.
B: I sweat a lot better in the dark.
D: I might as well charge you of attempting to bribe an officer of the law.
B: ...I know how you feel. You don't know if you want to hit me or kiss me. I get a lot of that.

80s Disco Paião Hardcore Remix

12/07/2009

MOP, in crescendo



ano após ano somos cada vez mais. e são cada vez mais os olhos postos em nós.

Mil pessoas nas ruas do Porto pela igualdade de direitos dos homossexuais

A exuberância é a imagem de marca das marchas do orgulho Lésbico, Gay, Bissexual e Transgénero (LGBT), como aquela que se realizou ontem no Porto. Mas está longe de identificar a maioria dos que se manifestam pela igualdade de direitos de quem tem uma orientação sexual que foge à norma. De calças de ganga e T-shirts, a maior parte das centenas de participantes reivindicou o casamento e a adopção pelos homossexuais.

"Casamento e adopção, igualdade sem excepção", lia-se numa faixa do Bloco de Esquerda, um entre dezena e meia de organismos que apoiaram a 4.ª Marcha Orgulho LGBT no Porto, a mais participada de sempre.

O subcomissário Mário Moreira, da PSP, contabilizava ontem cerca de mil participantes. "É fácil controlar manifestações como estas. Houve uma auto-organização, por isso, quase não é necessária a nossa intervenção", explicou.

Ao som de música e de frases de ordem, a manifestação correu pacífica entre a Praça da República e a Praça General Humberto Delgado. Acima de tudo, todos aceitam a diferença. Por isso, um homem com um vestido de alças cor-de-laranja e uma peruca azul que lança beijos de cima de um camião não choca quem desfila.

Mas nem todos exibem assim a diferença. Duas jovens de 16 anos marcham com a cara tapada por uma máscara. Uma explica que são gémeas e assumiram a sua homossexualidade aos 12 anos, mas ainda não contaram aos pais. "É o medo", justifica. A grande conversa, conta, está marcada para hoje [ontem] e a jovem acredita que eles vão reagir bem.

O filho de Dulce Santos, 45 anos, já passou por isso. E a mãe garante que correu bem. Ao pescoço traz um cartaz a dizer: "Tu não sabes, mas eu sou mãe de um homossexual." Veio de uma aldeia perto de Aveiro para participar pela primeira vez nesta marcha. "Vim porque acho que os homossexuais devem ter direitos iguais a qualquer outro ser humano." M.O.

in Público (fotos: mica-ME)


Definitivamente uma vitória para o movimento LGBT! Participação muito acima do esperado (tendo em conta os números da PSP), o que só revela a grande motivação de todos em lutarmos por esta causa.

Esperemos que para o ano a organização da MOP e as outras associações (nomeadamente a ILGA e a Rede Ex Aequo) ponham de parte as suas disputas pessoais e se concentrem no motivo pelo qual estas mil pessoas marcharam - a igualdade de direitos.

10/07/2009

"Let's Do It"

O vosso anfitrião esta noite - the one and only, Mr Cole Porter

I am the most enthusiastic person in the world. I like .everything as long as it's different.

So do we.

Todos à Marcha!

Amanhã, às 15h na Praça da República. Sem falta!

(arte de Rafael Vieira)

09/07/2009

"Maria"

Esta noite, o CabaretOLÉ orgulha-se de apresentar este fabuloso tema de Leonard Bernstein - da grande obra prima do cinema musical, West Side Story - interpretado pelo elegantíssimo Richard Breymer. Damas e cavalheiros, os vossos mais sinceros aplausos!



Direcção do veterano Robert Wise (Música no Coração) e do coreógrafo Jerome Robbins

O Cabaret subscreve o Manifesto

Marcha do Orgulho LGBT no Porto 2009

Há 40 anos, no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, pessoas homossexuais, bissexuais e transgéneras revoltaram-se e pela primeira vez reagiram e defenderam-se dos sistemáticos actos de agressão e opressão das forças policiais. Foi o início da luta pelos direitos das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais/Transgéneras (LGBT).No ano seguinte, realizou-se a primeira Marcha do Orgulho LGBT – orgulho pela coragem de resistir.

No Porto, a 1ª Marcha do Orgulho LGBT foi impulsionada pelo brutal assassinato de Gisberta Salce Júnior, uma mulher transexual. Estávamos em 2006 e pedíamos “um presente sem violência, um futuro sem diferença”. 2007 foi o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos. As uniões de facto foram finalmente reconhecidas no Código Penal, sem distinguir casais de pessoas do mesmo sexo e casais de pessoas de sexo diferente. Por outro lado, apesar de muito se ter falado na necessidade de pôr termo à discriminação das mulheres no trabalho, nada se disse, por exemplo, sobre a dificuldade que transexuais e transgéneros têm em conseguir um emprego. Exigimos a inclusão da identidade de género no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa e uma Lei de Identidade de Género.
Porque a igualdade de direitos não é adiável ou negociável, exigimos a cidadania plena para todas e todos.

Ano após ano, lembramos que o Estado tem a obrigação de se empenhar activamente na luta contra o preconceito. Porque a educação é fundamental, exigimos acções de formação anti-discriminação nas escolas, nos tribunais, nos estabelecimentos de saúde, nas esquadras. Em todos os pilares da democracia. Em 2008 congratulámo-nos com as medidas tomadas no âmbito da educação para uma saúde responsável, mas lamentámos o facto de a educação continuar a ter como base um modelo heteronormativo, que não corresponde à pluralidade das práticas familiares do Portugal do século XXI.

Na linha de todos os alertas e reivindicações que temos vindo a fazer, hoje pedimos a todas e todos que façam connosco uma reflexão sobre uma temática transversal e central de todas as sociedades: a FAMÍLIA.
Os argumentos em defesa do que é normal e tradicional são recorrentes quando se fala de famílias que não obedecem ao paradigma 1 homem +1 mulher = filhos. Mas o que é "normal"?

No Império Romano havia escravatura. Era normal. Diversas formas de escravatura são ainda consideradas normais em vários locais do mundo. No entanto, Portugal foi um dos primeiros países a abolir a escravatura, no século XVIII. A pena de morte também é histórica e ainda se aplica em diversos países. Portugal foi o terceiro país a abolir a Pena Capital, em finais do século XIX.
Avancemos para meados do século XX e para as coisas normais do mundo ocidental. O casamento inter-racial era proibido em muitos países, sob a justificação de que iria desvirtuar a instituição do casamento e porque a seguir teríamos o incesto e a bestialidade. Era normal obrigar os canhotos e escrever com a mão direita. Era normal os surdos não terem uma língua própria. Era normal os negros serem obrigados a viajar na parte de trás dos autocarros. Era normal uma mulher primeiro ser propriedade do pai para depois ser propriedade do marido. Era normal as mulheres não poderem votar nem usar calças de ganga. Era normal dizer-se que o preservativo e a pílula iam acabar com a família. Era normal haver filhos em todos os casamentos. Era normal o casamento ser para toda a vida mesmo que as pessoas fossem infelizes.

O normal é o que a maior parte das pessoas faz, ou acredita que se faz, num determinado momento. Não quer dizer que as práticas minoritárias estejam erradas. Aliás, o normal muda com os tempos...

Não se pode negar a diversidade de modelos familiares existente.

Um lar pode ter como núcleo um relacionamento monogâmico entre um homem e uma mulher, entre dois homens, ou entre duas mulheres. Mas também há relacionamentos amorosos responsáveis entre mais de duas pessoas. Assim como há famílias cuja base é a amizade, e não o amor, ou o sangue. Todas estas famílias existem. Umas têm filhos, biológicos ou adoptados, outras não.
O problema é que algumas destas famílias não são reconhecidas pelo Estado, ou são tratadas como famílias de segunda.

Há menos de 100 anos, o casamento normal seria a união entre duas pessoas com a mesma cor de pele, a mesma religião, do mesmo estrato social e de sexo diferente. Permitiu-se a anormalidade dos casamentos inter-raciais, a modernice de casar por amor, a leviandade de não se pensar nos interesses religiosos ou patrimoniais das famílias. Permitiu-se o amor. O casamento passou assim a ser o coroar de uma relação, o querermos que seja “para sempre” (pelo menos até ao dia do divórcio). As pessoas com orientações afectivas ou sexuais diferentes da maioria também cresceram neste país, e é normal que vejam no casamento civil a legitimação e dignificação do amor que sentem por outra pessoa.

E é disso que falamos: de amor.

Nem todos temos o desejo de encontrar a alma gémea, casar e ter filhos. Mas quem tem esse sonho deve ter igualdade de acesso ao casamento civil. Todos devemos ter o direito de escolher o modelo de família com que mais nos identifiquemos, e o estado tem de dar as mesmas oportunidades a todos e todas.

É urgente que o Estado reconheça o direito à igualdade para todas as pessoas, para todas as famílias. É necessário que ninguém seja discriminado. Somos uma sociedade diversa. Sejamos verdadeiramente inclusivos.

Por tudo isto marchamos e afirmamos:

“Na felicidade e na dor, o que faz a família é o amor!”

[Incompreensível é a posição da Rede Ex Aequo em renunciar agora a participar na MOP. Chega a ser ridícula até pelas razões apontadas. É lamentável que uma associação na sua busca de protagonismo descure a defesa dos direitos dos LGBTs que se diz representar.]

07/07/2009

Na Gran Via


A MADO na imprensa espanhola (fonte: A Volúpia de Apolo)

El Orgullo



Declaração de interesses: Fazer da quarta Marcha do Orgulho do Porto um símbolo da expressão do movimento gay em Portugal e na Invicta, à medida de Madrid.

03/07/2009

Cabaret OLÉ!!!


O Cabaret muda-se, excepcionalmente, neste fim de semana para aqui. São todos bem vindos, a entrada é livre! Hasta :D

01/07/2009

Eu vou!

[Transcrevo para aqui o convite do André (espero que ele não se importe) e que está publicado na integra no blogue do MICA-me]

No próximo dia 11 de Julho, sábado, vai ocorrer a Marcha do Orgulho do Porto. Este email serve para vos chamar a todos a juntarem-se a este movimento que vai partir às 15 horas da Praça da República em direcção ao coração da cidade.

A Marcha é uma questão política e interessa – ou devia interessar a todos.

Na marcha vão estar muitas pessoas e todas diferentes. Com umas identificamo-nos mais, com outras não nos identificamos de todo. Em comum todas têm um propósito – manifestarem-se contra qualquer forma de discriminação com base na orientação sexual e identidade de género.

Ali vão pedir-se direitos iguais para todos, como tal, o assunto diz-nos respeito a todos, independentemente da orientação sexual de cada um de nós.

Independentemente da orientação sexual de cada um, e da sua identidade de género, ali vai-se exigir um estado realmente democrático que respeita todos os seus cidadãos.

É por isso que eu vou lá estar, e é por isso que vos estou a convidar a vocês. Porque o assunto diz-nos respeito a todos e eu quero direitos iguais para todos.

Quantos canhotos conhecem? Dizem as estatísticas que, aproximadamente, uma em cada 20 pessoas escreve com a mão esquerda. Dizem as estatísticas que 1 em cada 10 portugueses é homossexual. Quantos homossexuais conhecem? Imaginem quantos amigos vossos se escondem se uma em cada 10 pessoas que conhecemos é homossexual. Com quantas pessoas lidam vocês directamente todos os dias? Quantos colegas têm na escola e no emprego? Quantos primos têm? Quantos vizinhos? Esses são os que andam todos os dias de máscara e esses são aqueles que são considerados cidadãos de segunda.

Dia 11 de Julho, eu vou estar às 15 horas na Praça da República. Vou estar com muita gente que conheço. Vou estar com os com os meus e com os teus vizinhos, com os meus e com os teus primos, com os meus e com os teus colegas de trabalho. E muitos vão ficar em casa. Gostava que os meus amigos também se importassem com um assunto que diz respeito a todos e por isso gostava de te ver por lá também. Não é que se não estiveres acabe o mundo, mas é bom saber com que se importam os meus amigos.

É importante que quem manda conte cabeças. Importa quantos vão estar lá, independentemente da orientação sexual de cada um. Preocupa-te!

Sobre o Nazismo dizia o poeta alemão Martin Niemöller:

Primeiro vieram atrás dos comunistas,
- mas como eu não era comunista, não gritei.
Depois prenderam os socialistas,
- mas como eu não era socialista, não gritei.
Depois levaram os sindicalistas,
- mas como não era sindicalista, não gritei.
Ainda depois levaram os judeus,
- mas como eu não era judeu, não gritei.
No fim vieram atrás de mim, mas já não havia mais quem protestasse.

Se por motivos vários não podes juntar-te à Marcha na Praça da República, mas queres estar presente, podes ver como podes fazer-te representar aqui: http://mica-me.blogspot.com/2009/07/ausentes-por-um-motivo-unidos-pela_01.html


[Recomendo igualmente que consultem as iniciativas do MICA-me para a 4ª MOP, disponíveis aqui.]