Não, a Zoom não se parece com a Babylon da série "Queer as Folk", como muitos diziam. Lá porque é espaçosa e tem go go boys (de calças ainda por cima!) não quer dizer que seja a oitava maravilha da noite gay do Porto. Decorada com gosto, bem localizada e com algumas surpresas interessantes - a sucursal da Sex Shop Eros no segundo piso é, sem dúvida, uma aposta original - tem de queer apenas o "GLS" no nome. Talvez por isso andassem tantos casais hetero a namorarem por lá, no último Sábado.
A música condiz com o estado da pista até às três da manha: fraquinha e muito, muito chill. A partir dessa altura o techno house assume o controlo da noite e leva toda a gente para a pista, não estando muito longe, a nível musical, da sua prima da Foz, a "Indústria" (dos mesmos donos). A esta hora o mar de gente é bem evidente e quem lá chega por volta da meia noite encontrando o espaço deserto nem sabe a invasão que lhe espera.
Este projecto é sinal de que vale a pena investir na noite gay do Porto, procurando reinventar conceitos e experimentar outros novos. O Zoom, não sendo a "Heavens" à muito prometida para o Porto, é no entanto uma boa alternativa (complementar, não substituta) às noites festivas do Boys ou do Pride.
Santa Poesia
Há 11 meses
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