Nunca antes tinha visto algo tão próximo de mim representado na televisão, não daquela forma tão poderosa e emotiva, algo cuja realidade ultrapassava toda uma série de barreiras e esteriótipos com os quais fora confrontado até então. Ficara maravilhado, e todas as vezes que pude rever aquele vídeo (pois não havia acesso a youtubes nem nada do género), deixava-me sublevar por toda aquela maravilha.
O vídeo era muito simples: acompanhado pela tal música (a qual eu adoro, juntamente com a banda que a toca), mostrava uma história em slow motion onde, muito resumidamente, conhecíamos dois rapazes muito jovens, a forma como se conheciam e, posteriormente, envolviam num momento invulgar. São separados pelos respectivos pais, e a história praticamente acaba aqui (sem demasiados spoilers, espero).
Pretendo com este pequeno momento de introspecção referir-me a um dos momentos que muitas pessoas têm - independentemente das suas características - no qual descobrem algo sobre si, uma verdade que, seja porque causa for, lhe estava mais ou menos vedada, e que subitamente jorrou sobre si como a luz de um novo dia. Não existe maravilha maior, pelo simples facto de nos trazer certezas, revelações, algo que podemos agarrar.
Assim, deixo-vos com o meu momento - possivelmente o momento de muitos outros - e espero que nele recordem algo de vosso igualmente poderoso. A banda são os Sigur Rós (maravilhosa, acreditem, aconselho e muito), e a música chama-se Vidrar Vel Til Loftarasa (com mais acentos, possivelmente...)