12/06/2009

Zoom: a maior discoteca gay do Porto

Levar o público "homo" do Porto a sair do armário e entrar no beco. Este parece ser o objectivo da Zoom, discoteca GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) que inaugurou com brilho no Beco de Passos Manuel, no passado dia 4.

Após a transformação de um recanto urbano - em que ninguém reparava - num beco "com saída", nada será como dantes para os frequentadores da noite portuense. Se até aqui os poucos destinos conotados com a franja GLS tendiam a converter-se em pequenos guetos de lascívia e rédea solta, agora há um espaço que não só foge aos estereótipos do género - shows de travestis, música histérica, gosto pela decadência - como proporciona um convívio saudável entre gente de todas as orientações sexuais. ler o resto (Jornal i)

Desculpem, "gosto pela decadência"? Irá haver pelo Zoom seguranças a separar os casais que estiverem enrolados, tal como acontece no Lusitano? Ao menos na concorrência a brigada dos bons costumes, da moral e da decência abstém-se de chatear os clientes. Ao menos lá podem estes sentirem-se como pessoas responsáveis.
A revelar-se este mais um golpe de publicidade ao novo espaço, o Sr e Sra Lusitano que se inteirem da terrível imagem que andam a dar da comunidade LGBT, com toda esta condescendência subversiva.

4 comentários:

  1. Esta notícia é do mais horrível e biased que existe. Já no outro dia comentei isto mesmo :\

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  2. Da discoteca a que a notícia se refere não tenho, para já, razões de queixa. Começo a pensar se não foi tudo uma estratégia de marketing para dar uns ares de snob chiq ao espaço...
    Claro que o jornalista, ao escrever este artigo de opinião deveria ter ao menos posto lá a sua identificação. Mas, de facto, fazer o comming out num jornal nacional diário requere muita coragem e um bom par de cojones xD

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  3. Da nova discoteca "Zoom" não tenho nada negativo a apontar. Concordo com a notícia do Jornal, não se compara à concorrência Boys, Pride ou Moinho. Quero com isto dizer que esta é de nível muito mais elevado, sem a "musica histérica" e, devo também dizer, sem as bichas histericas que a concorrencia faz o favor de albergar.

    Miguel Gonçalves

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  4. O que está aqui em causa são os juízos feitos por um jornalista (e não um crítico ou comentador), profissional a quem é exigido um relato claro e imparcial da situação que é notícia. Juízos esses, ainda para mais, pejorativos e que só alimentam preconceitos sociais errados.
    Da discoteca também tenho coisas boas a dizer. É de facto uma alternativa à noite gay do Porto. Mas não haja dúvidas que foram precisos muitos anos de Boys, Moinho, Pride mais recentemente, e de muitos outros já extintos, para desenvolver este conceito de discoteca. Numa cidade sem "história" de noite LGBT, um Zoom nunca seria possível.
    Por isso, Miguel, acho que estás a ser injusto com os outros bares. É verdade, a música ultra-comercial do Boys às vezes cansa. Mas não me vejo a aguentar muitas noites seguidas a ouvir techno minimal e frio do Zoom. Por ninguém ser obrigado a frequentar a mesma discoteca é que existem alternativas. No fim quem ganha com esta diversidade é o público LGBT.

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