28/09/2009

Pausa Instrospectiva (Slow down the show)

Há uns anitos, estava eu a ver a Sic Radical todo contente, quando, nos momentos musicais deste talvez-já-não-tão-maravilhoso canal de televisão, me deparei com um vídeo invulgar, acompanhado por uma poderosa música cantada numa língua que eu desconhecia.

Nunca antes tinha visto algo tão próximo de mim representado na televisão, não daquela forma tão poderosa e emotiva, algo cuja realidade ultrapassava toda uma série de barreiras e esteriótipos com os quais fora confrontado até então. Ficara maravilhado, e todas as vezes que pude rever aquele vídeo (pois não havia acesso a youtubes nem nada do género), deixava-me sublevar por toda aquela maravilha.

O vídeo era muito simples: acompanhado pela tal música (a qual eu adoro, juntamente com a banda que a toca), mostrava uma história em slow motion onde, muito resumidamente, conhecíamos dois rapazes muito jovens, a forma como se conheciam e, posteriormente, envolviam num momento invulgar. São separados pelos respectivos pais, e a história praticamente acaba aqui (sem demasiados spoilers, espero).

Pretendo com este pequeno momento de introspecção referir-me a um dos momentos que muitas pessoas têm - independentemente das suas características - no qual descobrem algo sobre si, uma verdade que, seja porque causa for, lhe estava mais ou menos vedada, e que subitamente jorrou sobre si como a luz de um novo dia. Não existe maravilha maior, pelo simples facto de nos trazer certezas, revelações, algo que podemos agarrar.

Assim, deixo-vos com o meu momento - possivelmente o momento de muitos outros - e espero que nele recordem algo de vosso igualmente poderoso. A banda são os Sigur Rós (maravilhosa, acreditem, aconselho e muito), e a música chama-se Vidrar Vel Til Loftarasa (com mais acentos, possivelmente...)

1 comentário:

  1. gostei muito deste texto, Pedro. é, com certeza, comum a muito a gente. e Sigur Rós são indescritíveis, sou suspeito porque os adoro, adoro, adoro. tenho de parar mais vezes para regressar à memória e aos episódios como este que relatas!

    abraço

    ResponderEliminar